quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Referencias do filme Forrest Gump



Publicado originalmente na REDE SOCIAL PROPOST

Em síntese, o filme trata da historia de Forrest Gump (Tom Hanks) , um garoto com baixo nível de entendimento que curiosamente participa de perto de diversos eventos da história dos EUA, e às vezes até influenciando de forma decisiva nos acontecimentos. Ao longo do filme, vemos Forrest realizando diversas façanhas, como por exemplo: Influenciando ícones da música (Elvis e John Lennon), se tornando herói de guerra, virando celebridade por diversas vezes e  diversos motivos e até provocando renuncia de presidente. Todas suas façanhas ao mesmo tempo em que são marcantes, são imperceptíveis para Forrest, que com seu baixo entendimento nunca consegue entender os fatos que o cercam.   

O interessante sobre esse filme é que apesar de todos os acontecimentos históricos do qual Forrest participa, para assisti-lo, em nada interfere não conhecê-los. Assisti a esse filme quando era criança, com conhecimento mínimo e sendo brasileiro, o que não me impediu de gostar e de me emocionar com as historias de seus personagens. Talvez seja por isso que o filme tenha sido sucesso de bilheteria, pois mesmo com todos seus detalhes, é um filme com uma mensagem simples, capaz de ser absorvida por pessoas de qualquer lugar ou classe social.   

O objetivo desse texto é exemplificar alguns fatos históricos tratados no filme. No entanto, não comentarei sobre todos, em alguns casos por não conhecer e em outros por opção pessoal. Portanto fique a vontade para falar caso você tenha percebido a falta e algum desses relatos.
1 – Referencias ao Ku Klux Klan e ao filme “O Nascimento de uma Nação”            

Nesta cena, Forrest explica a origem de seu nome de forma bem ingênua. Ele explica que seu nome veio do general Nathan Bedoford Forrest, que teria criado um “clube” chamado Ku Klux Klan. Bem, isso realmente aconteceu, mas o Ku Klux Klan não era um clube de pessoas que gostavam de por panos na cabeça, como imaginava Forrest.  
Podemos ver também que há algum tipo de edição com o rosto do Tom Hanks em imagens de algum filme bem antigo. Esse filme se chama “O Nascimento de uma nação” e foi lançado em1915, na era do cinema mudo. Tal película, apesar de seu forte teor racista e de ter causado sentimento de repulsa mesmo na sua época, continua sendo analisado e estudado até os dias de hoje. É considerado o primeiro épico histórico do cinema, tratando de questões desde a chegada dos escravos a América, passando pela Guerra Civil e culminando na ascensão do Ku Klux Klan, organização racista surgida em 1865. Por ironia, no andamento do filme, Forrest conheceria um negro chamado Bubba, e que se tornaria seu melhor amigo. 
Forrest finaliza a cena dizendo as seguintes palavras: “Minha mãe me disse que o nome Forrest era pra me lembrar que as vezes fazemos coisas que não fazem sentido”.
2. Inspiração para a dança de Elvis  

Forrest morava em uma casa imensa com sua mãe em Greenbow, Alabama. Como a casa era muito grande e tinha muitos quartos livres, a mãe de Forrest tirava uma ponta hospedando viajantes. Nesta cena, o pequeno Forrest dança ao som da música* de um rapaz de topete e costeletas. A estranha dança criada pelo garoto em meio as suas limitações (aparelho na perna) chama bastante atenção do rapaz. Nas cenas seguintes, ao passarem por uma loja de eletrodoméstico Forrest e sua mãe vêem o mesmo rapaz agora conhecido nacionalmente comoElvis imitando a dança de Forrest na TV. 

*Música:
 Hound Dog
3-  Segregação racial no Alabama    

Nesta cena uma nova edição é feita, sendo o ator Tom Hanks inserido em imagens jornalísticas antigas relacionadas a um fato acontecido em 1963, em frente à Universidade do Alabama.
Mais uma vez a questão racial é levantada no filme. Nesta cena temos George Wallace, governador do Estado do Alabama parado em frente à entrada da Universidade do Alabama com objetivo de evitar a matrícula de dois jovens negros. Wallace resistiu à pressão do presidente Kennedy por alguns dias antes de ceder, mas não sem ler uma carta de repudio à entrada dos estudantes (é possível ouvir parte da leitura da carta no fim desta cena).
ssas montagens acontecem constantemente durante o filme em várias cenas onde Forrest conhece diferentes presidentes e também em uma cena com John Lennon que comentarei mais adiante.
Na cena seguinte, Forrest sempre sem muito conhecimento dos fatos relata: “alguns anos depois aquele homem bravo na frente da escola decidiu que era uma boa idéia ser candidato a presidente, mas.... alguém achou que não era”. Dois anos depois do acontecimento em frente à universidade do Alabama, Wallace sofreu um atentado a tiros e ficou paralitico. Em 1972 daria o seguinte depoimento: “A segregação foi um erro”.
4- Forrest e Bubba são enviados ao Vietnã  

Forrest é convocado para o exercito logo após sua formatura. No batalhão conhece Bubba que vem a se tornar seu melhor amigo. Em 1967 ambos são convocados a combater na Guerra do Vietnã, então alguns dias antes Forrest decide se despedir de Jenny.  
Forrest diz para Jenny “Eles vão me mandar para o Vietnã, eu acho que é outro país”, mostrando total alienação do personagem em relação ao conflito, assim como muitos jovens que eram recrutados com a propaganda “defenda o American Way of Life” , sem se quer conhecer a realidade por trás de tudo.
Em síntese, naquele momento o Vietnã estava dividido entre Vietnã do Norte (comunista) e Vietnã do sul (Capitalista) desde 1954, por conseqüência da guerra da Indochina, que dividiu o país.  Conflitos na região de fronteira desencadearam na Guerra do Vietnã.  
No contexto da Guerra Fria, os EUA mandavam tropas de apoio ao Vietnã do Sul com o propósito de evitar expansão de regimes comunistas aliados com a URSS e China. Forrest e Bubba foram enviados para a guerra, onde ficaram sob supervisão do Tenente Dan, personagem mais engraçado do filme, segundo minha opinião.  
Nessa guerra os EUA utilizaram os mais modernos equipamentos bélicos do momento, a exemplo das bombas de NAPALM e do Agente laranja. O agente laranja era usado para desfolhear a mata a fim de revelar os esconderijos dos Vietcongues, enquanto o Napalm era uma espécie de gelatina pegajosa que grudava na pele provocando queimaduras. Essa arma era tão terrível que continuava queimando os corpos mesmo quando suas vitimas mergulhavam na água ou na ausência de oxigênio para combustão (quando cobriam os corpos com panos ou mantas).   
Após o massacre do batalhão do Tenente Dan pelas tropas vietnamitas, Forrest corre para bem longe e ao perceber estar sozinho retorna para buscar Bubba. É neste momento que é possível observar o bombardeio de Napalm por parte dos aviões americanos.
5- “Johnny “ vai a guerra   
  
Dentre as pessoas salvas por Forrest está o tenente Dan, que teve as duas pernas amputadas devido aos ferimentos do conflito. Essa não é bem uma referencia histórica, mas gostaria de aproveitar essa cena para relacionar com o filme Johnny vai à guerra (1971). Nesse filme, um recruta da Primeira Guerra Mundial, Johnny, é completamente mutilado, perdendo braços, pernas, mandíbula, olhos, nariz e até a audição. Um excelente filme, com umas pitadas de surrealismo.
6-  Movimento Hippie e Panteras Negras (Década de 70)  


 Depois de sua participação na guerra, Forrest vai passear na capital no país. Lá acidentalmente vai parar em uma fila que leva a um palanque onde vários jovens estão dando discursos contra a Guerra do Vietnã. Há uma faixa gigante com a frase “Apóiem nossos soldados, tragam-nos de volta já”. Após o discurso de Forrest que não foi ouvindo por ninguém, pois um militar desligou os amplificadores, Jenny reaparece vestida como uma Hippie. Ambos se encontram em meio à multidão em uma das cenas mais emocionantes do filme.   
Movimento Hippie foi um movimento de contracultura originário nos EUA na década de 60. Os jovens que dele participaram foram de fato grandes defensores da paz, sendo um dos grandes lemas do movimento: “Faça amor, não faça guerra”. Em outras cenas mais adiante também são mostrados outros acontecimentos dessa época, como a popularização do consumo de LSD pelos jovens na década de 70, que utilizavam essa droga para “expandir a mente”. 
Forrest e Jenny são como “pão e manteiga” novamente, assim como na infância. Devido a posição político-social de Jenny, Forrest acabou dentro de umas das sedes dos Panteras Negras (grupo revolucionário defensor dos direitos dos negros), que também surgiu na década de 60. É possível ver nas paredes imagens que remetem a líderes comunistas, como por exemplo, Che Guevara. Esta parte do filme é bem auto-explicativa sobre a posição política dos Panteras Negras durante a guerra: 
“Nosso objetivo aqui é proteger nossos líderes negros. Estamos aqui para proteger e ajudar a todos que precisam de ajuda, pois nós os panteras negras, somos contra a guerra do Vietnã. Sim! Somos contra qualquer guerra onde soldados negros são enviados para o front para morrer por um país que os odeia.”
7. Inspiração para composição da música de John Lennon  

Dick: Você fez uma viagem e tanto, pode nos dizer como é a China? 

Forrest: Lá na China as pessoas não têm quase nada. Lennon: Nenhuma propriedade? 
Forrest: E lá na China ninguém vai à igreja. Lennon: Sem religião também? 
Dick: É difícil de imaginar... Lennon: É fácil se você tentar.      

Depois de receber a medalha de honra por seus feitos na Guerra do Vietnã e se tornar uma celebridade mundial por jogar ping-pong contra os comunistas, Forrest é um dos convidados de um programa de TV, juntamente com John Lennon. Em meio a um dialogo entre Forrest, Lennon e Dick (apresentador) fica subentendido que os comentários inocentes de Forrest foram inspiração para a composição de Imagine de John Lennon.  

Link para Letra de Imaginehttp://letras.mus.br/john-lennon/90/traducao.html
8 –  Caso Watergate e renuncia de Nixon   

A seleção de Ping-pong americana, do qual Forrest fazia parte, foi convidado a Casa Branca para conhecer o presidente Nixon. Forrest cansado de conhecer presidentes relata a situação com certo tom de deboche: “E fui para a casa branca de novo, conhecer o presidente dos Estados Unidos de novo”.     
Essa cena é engraçada, pois sugere que Forrest foi responsável pela renuncia de Nixon a presidência, fato que aconteceu logo após o escândalo de Watergate. Forrest incomodado com as luzes de lanternas em um escritório a frente da janela de seu quarto, chama a segurança do hotel para verificar se eles estão com problemas, precisando de fusíveis. Como o hotel que Forrest estava hospedado era Watergate e, o escritório era do Partido democrata, onde estava acontecendo operações ilegais naquela noite, logo inocentemente Forrest foi o delator do caso. 
9-  Furacão Carmen(1974)          

Forrest, até então um astro do ping-pong, ganha 25mil dólares apenas para dizer que usa uma raquete de determinada marca. Com esse dinheiro decide cumprir a promessa que fez ao falecido Bubba: iniciar um negócio com pesca de camarão – para isso compra um barco de pesca em Louisiana e até o tenente Dan aparece para ajudá-lo. Os negócios vão mal até o surgimento dofuracão Carmen que devasta toda a indústria de pesca de camarões daquela região.
Este evento realmente aconteceu. O furacão Carmen foi um intenso furacão que atingiu a costa da Luisiana em 1974. Como o único barco que resistiu foi o de Forrest, logo a dupla enriqueceria, pois ficaram para si com toda a produção de camarão da costa da Louisiana.
10-  Investimentos na Apple   
                             
Forrest abandona o barco de pesca quando descobre que sua mãe está morrendo. Ele nunca mais voltará a trabalhar com tenente Dan. Tempos depois Forrest recebe uma carta do tenente Dan avisando que ele nunca mais precisará se preocupar com dinheiro. Dan avisa ainda ter investido parte do dinheiro em um novo negocio que Forrest pensa ser algo com “venda de frutas”. A maça na carta é na verdade a logomarca da Apple, multinacional funfada em 1976 voltada para o ramo de eletrônicos.

Aproveitarei a oportunidade para indicar um outro filme: Piratas do vale do Silício de 1999(
http://www.imdb.com/title/tt0168122/ ). Nesse filme temos os jovens Bill Gates e Steve Jobs criando a Microsoft e a Apple, respectivamente. Um bom filme.
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11-  “Shit happens” e “Smile”         
   
Após a morte de sua mãe, Forrest passa a viver um dia após o outro na inércia, não saindo de casa para nada e não interagindo com qualquer pessoa. Quando sem razão nenhuma aparente começa a correr pelos pelas estradas dos EUA, de um oceano a outro, repetidas vezes. Durante essa jornada, Forrest ganha seguidores e causa confusão na mente das pessoas que não entendem o motivo da sua jornada. Uma cena em que Forrest corre enquanto jornalistas o seguem enchendo de pergunta ilustra bem essa situação: 

-Por que você está correndo? 
-Você faz isso pela paz mundial?
-É pelos desabrigados? 
-Ou será pelo direito das mulheres?
-Você faz isso pelos animais e pelo meio ambiente?   

A resposta é curta é grossa: “apenas tive vontade de correr”.

Ninguém consegue entender como uma pessoa podia ser tão burra a ponto de iniciar tal jornada sem motivo nenhum.   Durante essa jornada algumas pessoas o procuravam em busca de conselhos para seus negócios. Então Forrest acaba servindo involuntariamente de inspiração para o famoso slogan “merdas acontecem (shit happens) ” e para a criação dos famosos “Smiles”, rostinhos amarelo sorridentes.   
Essa cena serve pra mostrar que o sistema capitalista tem dessas coisas, que para construir fortuna basta ter a idéia conveniente no momento certo, mesmo que a idéia seja algo aparentemente idiota, como uma frase de adesivo ou um rostinho redondo amarelo sorridente. 

Origem de Batman: Detective comics #27 e Ano um



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Poucos dias atrás estreou nos cinemas Batman – The Dark Knight Rises (O Cavaleiro das trevas ressurge), o ultimo filme da trilogia de Christopher Nolan para o morcego. Há criticas sendo postadas aos montes na internet, gibis sendo vendido como nunca nas livrarias e uma dificuldade imensa de conseguir alugar os outros filmes do morcego nas locadoras. Com esse assunto em evidencia na indústria do entretenimento resolvi fazer esse post contanto um pouco da origem do Homem-morcego. 


A primeira aparição do Batman aconteceu na revista Detective Comics #27 de maio 1939. Este personagem foi criado em parceria entre o desenhista Bob Kane e o escritor Bill Finger. Nesta HQ não existe nada sobre a origem do Batman, não havendo informações sobre o que levou a combater o crime. Trata-se apenas de uma historia de investigação envolvendo o comissário Gordon e o Batman. Bruce Wayne somente é apresentado ao Publico como Batman no último quadrinho da história. 


Você pode fazer download desta HQ já traduzida no link:  http://sdrv.ms/O1nJfI


Obs: renomear o arquivo para .rar 


Somente na revista Detective Comics #33 seria revelado a origem de Batman. São apenas duas páginas explicativas e bem resumidas sobre esses acontecimentos. Segundo esta HQ, Bruce Wayne e seus pais estão saindo de um cinema quando são abordados por um criminoso. O criminoso pede para a mãe de Bruce passar o colar. O pai de Bruce acaba se exaltando e tenta reagir ao assalto, atitude que culmina na sua morte e de sua esposa. Bruce reza e jura vingança. Em seguida é mostrado uma sequencia de apenas 6 quadrinhos onde Bruce torna-se um cientista, prepara-se fisicamente e inspira-se em um morcego para confecção de seu uniforme. A história termina com a seguinte frase de Bruce: 


“Criminosos são supersticiosos e covardes. Então meu disfarce deve ser capaz de levar terror aos seus corações. Eu devo me tornar uma criatura de noite, negra,  terrível (...) Eu devo me tornar um morcego”

 Baixe essas páginas através do seguinte link (não traduzidas):  http://sdrv.ms/S1yafT



Em 1986 a DC decidiu que estava na hora de renovar os seus super-herois, muitos dos quais com mais de 50 anos de vida. Foi decido que nada seria alterado na origem de Batman, que ela estava perfeita na forma como foi concebida, porem que precisava ser refinada. Seria adicionada uma maior complexidade, diferente daquelas sintéticas duas folhas apresentadas em Detective Comics #33. Para isso foi convidado o já consagrado escritor e desenhista Frank Miller, que foi responsável juntamente com o desenhista David Mazzucchelli a criar a mini-série intituladaBatman – Ano um, originalmente publicada em 4 edições. 
No inicio da trama temos dois personagens famosos do universo de Batman chegando a Gothan City. O ainda tenente Gordon e Bruce Wayne. Gordon chega de trem e através de seus pensamentos o leitor tem idéia de como Gothan City é uma cidade sombria e perigosa. Gordon chega a se sentir culpado por desejar que o exame de gravidez de sua esposa seja negativo, pois constata que Gothan não é um local adequado para se constituir família. Ao mesmo tempo Bruce Wayne chega de avião. Poucas coisas são ditas sobre onde ele estava, mas fica subentendido que sua viagem fazia parte de seu plano de entender a mente criminosa e fortalecer o seu corpo para a batalha contra o crime de Gothan. Tal decisão foi tomada por Bruce em motivação do assassinato dos seus pais como foi mostrado em Detective Comics #33. Nos pensamentos de Bruce mais uma vez Gothan é colocada como um local terrível para se viver: 



“Num avião lá em cima, a gente só vê as ruas e prédios. A cidade parece até civilizada”.


 A HQ faz uma espécie de retrospectiva do primeiro ano de atuação de Bruce Wayne como o vigilante mascarado (obviamente por isso se chama “ano um’’). São mostradas duas realidades: A do tenente Gordon tendo que lidar com uma cidade dominada pelo crime, sem ter apoio da própria policia corrupta e, um confuso Bruce Wayne ainda tentando descobrir a melhor forma de atuar no combate ao crime. 

Adquiri essa HQ na livraria saraiva em versão encadernada da editora Panini. Se tiver interesse em comprar  você pode acessar o link: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3655317/batman-ano-um/

Caso você esteja com preguiça de ler, não se preocupe,  a Warner lançou em 2011 uma animação de Batman – ano um de excelente qualidade e 100% fiel a visão de Frank Miller. Procurei se tinha no youtube o link do filme completo, mas há somente o trailer. Procure nas locadoras. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Clássicos do FPS | Wolfenstein 3D, Doom, Quake



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Um tema que irei postar com frequencia aqui na minha página do Propost vai ser sobre diversos elementos dos anos 90, essa época bque foi boa p/ @$!%@ e que compôs toda a da minha infância e início da minha adolescência. Já falei em outro post sobre as (quase) extintas locadoras de filmes, agora vou relembrar um pouco de alguns Games que eram febre nos anos 90.
O interessante de ter tido uma infância nos anos 90 é que como opções de diversão havia um equilíbrio entre o uso da tecnologia e entre as brincadeiras de rua, fato que não acontece hoje, pois o que vemos é crianças sedentárias totalmente vidradas em tecnologia, deixando as velhas brincadeiras um pouco de lado.
Bem vamos aos games...
O primeiro jogo que deve ser lembrando quando se fala em FPS* é o Wolfenstein 3D, lançado em 1992 para MS-DOS** pela ID Software (grava bem esse nome, pois ainda vou falar bastante dele). 
*FPS: first person shooter ou jogos de tiro em primeira pessoa.
** MS-DOS: Sistema operaciona anterior ao Windows
(Nesse jogo era interessante que o a cara do personagem ia ficando ensanguentada cada vez o dano ficava maior)

A primeira coisa a que você deve se atentar é a data de lançamento do jogo, em 1992 os computadores não vinham com windowns (ou pelo fato de ainda não existir ou por ainda não ter se popularizado como sistema operacional, não sei dizer ao certo). Para acessarmos um jogo ou qualquer outro arquivo havia o MS-DOS, uma tela toda preta onde digitávamos diversos comandos de acesso.
(Que windows que nada! em 1992 era através dessa tela preta que se acessava os computadores)


Não há muito do que se falar sobre a história, que por sinal não era o ponto forte dos jogos de PC do inicio dos anos 90, até pela óbvia falta de tecnologia. O máximo que se podia fazer era colocar alguns textos "meia bocas" antes de uma fase ou entre uma fase e outra.

Basicamente , a história de Wolfstein( se é que se pode chamar de história) era baseada na segunda guerra mundia, onde um agente americano se infiltrava em uma base nazista. A partir de então era só sair metendo bala nos soldados, procurando chaves pra acessar áreas restritas e então passar de fase. Até Hitler você podia matar em alguma fase bem avançada.

(Esse Hitler que é o fraco né? Olha o nipe das armas do cara)

Wolfenstein 3D não foi um jogo que se tornou muito popular, sendo muitas vezes esquecido quando se fala em jogos pioneiros de FPS. A maioria das pessoas acaba lembrando somente de DOOM, pois foi o primeiro FPS a cair no gosto do povo e virar uma febre. Todo mundo jogava DOOM, de crianças a adultos. Tinha gente que ficava jogando em casa escondido do pai (pois o jogo era meio polêmico pra época), gente que jogava no trabalho escondido do patrão.  Era muita onda, aqui em casa tinha intermináveis discussões pra ver quem ia jogar DOOM primeiro.

                                          (Aí está ele: DOOM)


Doom foi lançado em 1993, também pela ID SOFTWARE, sendo o sucessor do Wolfenstein 3D. Eu me lembro que quando esse jogo saiu já existia um Windows, que era uma novidade para os computadores da época, porém muitos dos jogos, inclusive DOOM, ainda precisavam ser acessados pelo MS-DOS.
Vale ressaltar mais uma vez que história não era o forte desses jogos e nem era preocupação para os jogadores. Doom era ambientado em marte, onde um soldado exilado enfrentava zumbis , demônios e monstros, ao mesmo tempo que havia um portal para o inferno, sendo que o ultimo chefe era o próprio capeta (é, deu pra perceber que a história não é muito boa).

(Olha como era esse troço, em termos de jogabilidade era igual ao WOLF, porém com algumas melhoras gráficas)

Aparentemente não havia tanta diferença entre DOOM e Wolfestein 3D, exceto pelos gráficos melhor trabalhados, mesmo assim o genero FPS só conseguiu ganhar o mundo a partir de DOOM.

A febre dos jogos FPS foi tão grande a partir de DOOM que surgiram no mesmo período uma enxurrrada de jogos de FPS,  eram os chamados "filhos de DOOM" e eu comprava todos.

Algo que era muito popular nos anos 90 era a venda de revistas com CD-ROMS contendo DEMOS de vários jogos. Eu me lembro que todo mês saiam várias revistas e todas elas vinham com infinitos jogos de FPS. Dentre todos esses chamados ‘’filhos de doom" o único que conseguiu se solidificar como franquia foi o Duke Nukem da 3D Realms, o qual eu nem vou falar tanto ,pois acho que merece um post próprio (ou talvez eu edit esse post no futuro adicionando essas informações).

A seguir algumas imagens dos "filhos de DOOM" que eu mais jogava nos anos 90(no final das contas era tudo igual, só mudando a ambientação e os inimigos):


                                              (BLOOD: Cemitérios, templos, zumbis, monges)



                                             (Redneck Rampage: Interior, caipiras, fazendeiros)

                                              (Dark Forces: baseado em Star Wars)

                                            (Shadow Warrior: Samurais, ninjas, cidades japonesas)

                                            (Duke Nuken 3D: Invasão alienígena)

Apesar de todos esse FPS que eram lançados todo mês, somente em 1996, a partir do lançamento de QUAKE que ocorreu uma evolução significativa na jogabilidade dos jogos desse gênero.

Eu não lembro muito bem a história do Quake , mas era bem semelhante a de DOOM, com demônios, inferno, viagens entre diferentes dimensões e todo esse bando de “enxeção de lingüiça” de sempre.
                                             (Quake, divisor de águas dos jogos de FPS)
Quake trouxe duas grandes inovações aos jogos de FPS:

 1) Pela primeira vez o corpo dos inimigos eram de fato em 3D. Em TODOS os jogos anteriores, os inimigos eram como folhas de papel, e quem jogava muito naquele tempo, deve se lembrar que quando mata-se um inimigo, não importava o ângulo que você olhasse para ele, seu cadáver sempre aparecia na mesma posição.

 2) Inserção do mause na jogabilidade do jogos, que permitia o jogador poder mirar a arma em todas as direções. Antes não havia qualquer tipo de mobilidade para mira, sendo que para acertar um inimigo que estava em um andar diferente, bastava mirar a arma que a bala já fazia o trabalho de subir ou descer(assim era fácil, né?).

Uma observação:
Apesar do modo multiplayer já existir no DOOM II, no Brasil só se falou em jogar online a partir do Quake, em 1996 quando a internet já era uma realidade no páis. Mesmo assim , ainda hávia uma grande dificuldade, até pelas limitações da internet discada da época.

Concluindo...
Hoje temos os jogos de tiro mais fodões possíveis, jogos como  Call of Duty e Battlefield , e há um erro muito grande em achar que foram esses jogos que revolucionaram o gênero FPS, quando na verdade todo o conceito foi criado e evoluído pelos antigos jogos da ID SOFTWARE.
Por isso, cuidado antes de caçoar dos gráficos e jogabilidade de DOOM e cia, respeitem esses caras e principalmente a ID SOFTWARE, que até hoje uando se propõe a lançar um FPS, sempre arrebenta.




Extra(link p/ jogar doom 1): http://jogoonlinegratis.com.br/jogos-de-tiro/doom-1.html











terça-feira, 23 de outubro de 2012

Televisão: Fábrica de "Pseudoartistas"



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Hoje no horário do almoço, como de costume, liguei a TV pra fugir um pouco do silêncio do ambiente. Estava passando um programa chamado The Voice Brasil , o qual possui alguns jurados que selecionam supostos artistas em uma eliminatória.

Esse formato de programa não é novidade, sendo que a muito tempo na televisão Brasileira eu tenho visto coisas desse tipo passar. Lembro por exemplo de quando eu era criança e um programa do SBT lançou uma banda de garotas chamada ROUGE. Já dando um exemplo mais atual, existe ainda aquele programa Ídolos, que segue essa mesma linha, fornecendo ao vencedor a possibilidade de gravar um disco.

O "x" da questão é: onde estao os vencedores de todos esse programas? O que eles fizeram de relevante? Alguém lembra de algum? Alguem ainda canta alguma música do Rouge? Ou pior, alguem lembra do vencedor do ídolos de 2 anos atrás? Por que esses programas apesar de tantas etapas de eliminatórias não conseguem de fato formar um ídolo nacional?


(Lembra dessa? O sucesso durou menos que o tempo de eliminatória do programa)

A resposta para isso eu já compreendia, mas o interessante foi ouvir alguém do próprio meio musical confirmar esses fatos, o que foi caso do produtor Rick Bonadio (pra quem não lembra ele ficou famoso no meio após lançar os Mamonas Assassinas). Em dado momento de umaentrevista para o programa “Agora é Tarde” da Band, o apresentador Danilo Gentilli fez a seguinte pergunta: “Porque o vencedor do ídolos não se torna um ídolo?"

E a resposta do Rick Bonadio foi a seguinte: “O cara que tem o espírito de ser um ídolo, o espírito de ser um grande  artista, ele jamais vai se sujeitar a ir em um programa de televisão qualquer pra tomar um esporro de um cara que não sabe o que tá falando.” 


(Entrevista de Rick Bonadio no Agora é Tarde. Assista aqui)

Percebeu a contradição que há nesse processo? 
Imagine aquelas aspirantes a artistas, concorrentes desses programas, com os olhos brilhando cheios de lágrimas enquanto a Claudia Leite elogia sua voz , que não passa de uma cópia de uma Mariah Carey qualquer da vida, com a diferença que está cantando uma música nacional. Que credibiliade teria uma cantora dessa?
Agora imagine nomes consagrados da música nacional, muitos dos quais se quer tem uma voz perfeita, mas se destacaram por outros atributos, como por exemplo pela qualidade de suas canções/composições, que atravessaram a barreira do tempo, atingindo várias gerações seguintes, ou pela atitude, como o fato de fazerem sua música sem se submeterem as tendencias do mercado. Verdadeiros artistas que nunca são esquecidos pelo tempo, pois deixaram uma impressão digital nítida em sua obra, sendo totalmente autênticos. Você já viu algum desses caras se expondo em um programa desses por uma chance na mídia?
Barbarizando um pouco mais nos meus comentários, imagine um artista do potencial de Dylan, se submetendo a um programa como o Ídolos para levar um esporro do Supla, por exemplo, pelo fato de ter uma voz meio fanha(como de fato, ele tem). Que sentido teria isso? Eu fico besta de ver nas redes sociais comentários de pessoas que assistem a esses programas e se emocionam com uma voz perfeita, que na maioria das vezes é uma cópia de muitas outras vozes conhecidas e consagradas. Mas eu faço um desafio, tente lembrar o nome desses mesmos cantores no ano que vem.


(Que tal ser esculhachado pelos "experts" da arte e da música?)

Concluindo: a arte não é sobre como você consegue copiar a voz do Leonardo ou da Mariah Carey, ou como você canta parecido com a Ivete Sangalo. A arte independente do instrumento utilizado, se um pincel, uma caneta, ou uma guitarra, é sobre mostrar ao espectador novas possibilidades, novas formas de ver o mundo, é sobre ver a vida através de novos angulos. E não importa quantos "Ídolos" ou "The Voice Brasil" existam, esses formatos de programa nunca vão alcançar verdadeiros artistas e todos os seus vencedores serão inevitavelmente esquecidos pelo tempo. Agora é claro, como proposta de entretenimento televisivo até concordo que esses programas possam servir, mas como referencia de arte, ou de um veiculo para se lançar artistas relevantes, jamais.
E como já dizia Oscar Wilde, não é o artista que precisa se adequar as necessidades do público, e sim o público que deve sempre se esforçar para chegar perto do nivel de um artista. 
Merecemos mais do que idolatrar por uma semana esses pseudoartistas fabricados pela mídia. Tentemos nos esforçar mais. 

domingo, 21 de outubro de 2012

Viva (Camisa de Venus): Um autêntico show de Rock N Roll


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Estava observando meus discos na estante e decidi comentar hoje sobre um em particular. O disco em questão é o primeiro ao vivo da banda baiana Camisa de Vênus, chamado Viva e lançado em 1986

A capa do disco já chega barbarizando, trazendo os seguintes dizeres: “As faixas do álbum não foram submetidas à divisão de censura de diversões publicas. Não estão autorizadas as suas execuções públicas e radiofônicas”. O que pode ser mais rock and roll que isso? Uma banda que lançou o disco sem pedir permissão pra divisão de censura federal em plena ditadura militar?

Viva é o disco perfeito para mostrar a força do Camisa de Venus, uma banda que conquistou fama praticamente através dos palcos. Havia todas as dificuldades possíveis para a banda aparecer na mídia e para conseguir uma gravadora: as letras que eram agressivas, os comentários ácidos do Marcelo Nova, o nome que era considerado palavrão em tempos mais conservadores. Camisa de Vênus pra quem não sabe significa camisinha e pode até parecer ridículo nos dias de hoje, mas na época os jornais publicavam o nome da banda como “Camisa de ....”.

Depois de muito tempo na estrada a banda teve oportunidade de gravar seu primeiro disco pela Som Livre (pra que não sabe essa gravadora pertence a Rede Globo), sendo colocado em uma das reuniões que a banda teria que mudar de nome para que fosse possível sua divulgação nas rádios e em programas da Rede Globo como o Chacrina, Fantástico, etc. Marcelo Nova, pra variar, mandou todos terem uma “boa tarde”(tomar no cu), sugerindo a mudança do nome para “Capa de Pica”. Obviamente a banda foi expulsa da gravadora.

O Camisa ficou mais de um ano só na estrada e sem disco em catálogo, situação que só iria mudar com o lançamento da música Eu Não Matei Joana Dar’c. A música virou uma febre tão grande que as gravadoras passaram a achar o nome da banda não mais tão agressivo ou subversivo, mas sim irreverente. Curioso né?

Mais curioso ainda é que mesmo com todas as dificuldades pra gravar, mesmo sem tocar nas rádios, sem participação em programas da rede globo, a banda tinha um público fiel, que ia a todos os shows e conhecia todas as músicas. Tinha também o famoso grito do  “bota pra fuder”, algo que se espalhou pelo Brasil sabe-se como sem os  compartilhamentos do facebook na década de 80. Essa interação público-banda pode ser notada na canção My way do viva, uma versão nada formal e recheada de palavrões do clássico imortalizado na voz de Frank Sinatra. O público canta junto do início ao fim, mesmo que não houvesse nenhuma gravação de estúdio, como até hoje não há.

O inicio do show é destruidor. Sem dar tempo para o público respirar, a banda imediatamente após tocar Eu não matei joana Darc, já engata os primeiros acordes neuróticos de Hoje, canção que fala da loucura da vida nos grandes centros urbanos, onde você quer fazer tudo, quer tocar guitarra, pular de asa, mas não sabe mais nem o corte de cabelo que usa, ou se vai voltar vivo pra casa. A impressão que dá é que as duas músicas se tornam uma só.

Esse disco tem algo que nenhum outro disco ao vivo teve na época. Haviam discos “ao vivo de estúdio”, mas não haviam “discos ao vivo, ao vivo”.

Não entendeu? Vou explicar: o viva não foi remixado e não possui overdubs (quando as gravações ao vivo são levadas ao estúdio para todos os instrumentos serem regravados, de modo a deixar com uma sonoridade mais limpa). Tudo que aconteceu no show está registrado ali no vinil, com microfonia , palavrões , gritos do público ,instrumentos mal tocados e tudo mais que um show ao vivo e improvisado tem direito. A interação com o publico é muito forte e empolgante, a ponto do publico ser apresentado na contracapa como integrante da própria banda.

Marcelo Nova – vocal 
Gustavo Mullem – guitarra solo 
Karl Hummel – guitarra base 
Roberio Santana – contra-baixo 
Aldo Machado – bateria 
Público  - gritos, palmas e inestimáveis backing vocalsOutro ponto marcante do show é o discurso de Marcelo Nova antes da canção Silvia:
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“Hoje tem um monte de mulher na platéia. Hoje é o dia internacional da mulher e nós queremos aproveitar a oportunidade... porque o Camisa de Venus tem acusado de ser uma banda machista, mas não é nada disso. Na verdade o camisa de Venus é a única banda heterossexual do planeta... e então a gente não podia deixar de dizer que nós amamos as mulheres. Sem vocês,  nós não viveríamos em hipótese alguma. Inclusive eu acho que o mundo só vai concertar o dia que a mulher tomar o poder, tem mais tato , sensibilidade, tem mais carinho. Bem, agora que eu já enchi o ego de vocês, podem arriar as calçolinhas e vamos lá”

Pode parecer um discurso arrogante e machista, mas não passa de uma performance puramente anárquica, algo que o público sabia e queria. Portanto não havia espaço para ressentimentos. Hoje, ironicamente podemos dizer que a mulher tomou o poder, porem se o mundo vai concertar, ou pelo menos o país, já são outros 500.

O show termina com chave de ouro ,com uma versão inalcançável de O adventista. O público ensandecido, instintivamente mudou o refrão da música de "não vai haver amor nesse mundo nunca mais" para "não vai haver amor nessa porra nunca mais", tornando isso um coro ensurdecedor, enquanto Marcelo Nova se deita no palco e começa a rezar o pai nosso. Desfecho marcante para um disco marcante.


Uma versão completamente sem nexo e mutilada do viva foi lançada em CD, com o discurso de Silvia e a faixa Rotina cortadas, além de inserção de músicas de estúdio. Se quisessem fazer um trabalho decente colocariam no CD mais músicas do próprio viva, músicas que tiveram que ser cortadas do Vinil, pois esse só suportava cerca de 35 minutos de áudio.

Pra quem curte e entende o  espirito do Rock n' Roll , é um disco muito bom de se ouvir. Bate até um certa vontade de voltar no tempo e ter ido nesse show. Afinal quem gosta de ir pra um show de rock e ver o público paradão? Ou pior, ir a um show com o público mais preocupado em filmar do que se divertir? O viva foi um show sem frescura, pauleira, com a banda no auge do vigor físico e com um público inspirado. Pra quem foi a esse show em Santos no caiçara club em 1986, restam boas recordações. Para outros fãs mais novos como eu, que não puderam viver essa época, só resta seguir as recomendações da capa do disco:

Esse disco não foi remixado. Você ouve o que aconteceu no show. E OUÇA ALTO"

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dragon Ball: Tenshinhan não é terráqueo?


                                         
Publicado originalmente na REDE SOCIAL PROPOST
                                   
Na enciclopédia de Dragon Ball Z há um fato curioso, o personagem Tenshinhan é citado como sendo membro de uma raça não terráquea, um "Mitsumejins" ( traduzindo mau e porcamente seria algo como "triclope").

(Enciclopédia DBZ, livro que ando namorando nas livrarias, mas ainda não comprei)

 Mas por que isso agora? Quem inventou essa parada? Akira Toriyama aceitou isso?
Tenshin tem 3 olhos, beleza ,mas isso é motivo suficiente para a essa altura do campeonato defini-lo como um E.T? Ainda mais quando se trata do universo de Dragon Ball, com cachorros e monstros falantes convivendo com humanos, pessoas sem nariz (Kuririn), uma mulher  que quando espirra  seu cabelo muda de cor(Launch), um baixinho branco com bolinhas vermelhas na bochecha (Caos).... e outras bizarrices( porr@ , até o governador do mundo é um cachorro falante).

Não há maiores explicações sobre sua origem na enciclopédia, apenas se deixa entender que ele não é um terráqueo puro. Então será um híbrido entre duas raças? ou ele é 100% ET?

Ou quem sabe os produtores deixem essas lacunas pra criar no futuro novos OVAs? Assim como surgiu um OVA explicando a lenda do super-sayajin, quem sabe não sai outro explicando a origem deste personagem?

Pra quem ainda não viu , segue o link:   http://www.youtube.com/watch?v=qQvQofh0Cvo (episódio está com legenda em PT-BR)

Essa é uma das lacunas de Dragon Ball que foi preenchida. Entre a saga  de Freeza e Cell era muito comum citarem o tal do lendário super sayajin. Bom , se é uma lenda, então não poderia ser Goku, nem Trunks ou Vegeta, mas sim alguém que viveu a muito tempo atrás(No OVA o lendário super saya-jin é Bardack, o pai de Goku).

Espero que com Tenshinhan façam o mesmo, afinal nunca é de todo mal mais um episódio ou OVA de DB pra se ver, não é mesmo?